top of page

Social Commerce além do Instagram e TikTok

  • Foto do escritor: Daniela Abrahão
    Daniela Abrahão
  • há 4 dias
  • 4 min de leitura

Atualizado: há 3 dias

Durante anos, o Instagram e o TikTok dominaram as estratégias de social commerce — transformando curtidas em vendas e influenciadores em vitrines. Mas em 2026, o jogo mudou. Uma nova geração de plataformas e integrações está emergindo, e quem entender para onde o social commerce está indo vai sair na frente.


Este artigo mostra quais são os novos canais, como preparar sua marca e por que a próxima onda de vendas sociais vai muito além dos feeds e Reels.



O que é social commerce e por que ele está evoluindo

O social commerce é a fusão entre mídias sociais e e-commerce. É o ato de comprar diretamente dentro de plataformas sociais, sem precisar sair do aplicativo.

Durante a última década, vimos:

  • Instagram integrando catálogos de loja.

  • TikTok Shop transformando vídeos em vitrines.

  • Facebook e Pinterest abrindo caminhos para compras dentro do conteúdo.


Mas o comportamento do consumidor evoluiu. Em 2026, o público não quer só comprar — quer participar, interagir e ser parte da experiência de marca.

Essa mudança de mentalidade está abrindo espaço para novos canais e formatos.



Os novos canais de social commerce que vão crescer em 2026


1. WhatsApp e o poder da compra por conversa

O WhatsApp se tornou o “shopping de bolso” do brasileiro. Com o avanço do WhatsApp Business Platform, já é possível:

  • Criar catálogos de produtos com botão “comprar agora”.

  • Integrar checkout via Pix dentro do chat.

  • Automatizar conversas com IA e fluxos de recomendação.

  • Fazer remarketing direto com listas de transmissão segmentadas.


💬 Exemplo prático: Uma loja de roupas pode mandar automaticamente uma mensagem para clientes inativos:

“Oi, Ana! Chegaram novas peças no estilo que você comprou mês passado. Quer ver?”

Isso é social commerce na forma mais íntima possível — a venda por diálogo.



2. YouTube Shopping e vídeos com botão de compra

O YouTube finalmente se posicionou no jogo do comércio social. A integração com o Google Shopping e o Shopify permite que marcas adicionem botões de compra diretos nos vídeos e transmissões ao vivo.

Em 2026, os vídeos mais performáticos serão:

  • Tutoriais com produtos clicáveis.

  • Unboxings com links interativos.

  • Lives de lançamento com carrinho integrado.

💡 Dica: Os vídeos do YouTube têm vida útil maior do que os Reels ou Shorts. Isso significa vendas recorrentes e autoridade duradoura.



3. Telegram e comunidades de compra

O Telegram vem crescendo silenciosamente como plataforma de engajamento e venda. Os grupos privados de desconto, drops e promoções relâmpago têm taxas de conversão altíssimas.

Além disso, bots no Telegram permitem:

  • Carrinho integrado no próprio app.

  • Pagamentos automatizados.

  • Recomendações personalizadas via IA.

💡 Insight: Marcas que criam comunidades exclusivas de clientes fiéis no Telegram têm resultados até 4x superiores em retenção e recompra.



4. LinkedIn: o novo e inesperado canal B2B de social commerce

O LinkedIn deixou de ser apenas um ambiente de networking. As novas funções de newsletter, eventos ao vivo e marketplace B2B estão transformando a plataforma em um canal de venda social para serviços e consultorias.

Empresas estão criando:

  • Lojas de serviços com checkout direto via Stripe.

  • Lives com CTA integrado para fechamento de contrato.

  • Conteúdos técnicos com gatilhos comerciais sutis.

💡 Dica prática: publique cases reais com dados e resultados, e adicione o link de orçamento ou agendamento no primeiro comentário. Isso converte de forma orgânica sem parecer “venda”.



5. Plataformas emergentes: Twitch, Kwai e BeReal

Enquanto o Instagram e o TikTok continuam dominando o mainstream, novos canais estão crescendo em nichos específicos:

  • Twitch: o social commerce via streaming interativo. Marcas de tecnologia, moda gamer e esportes estão integrando links de produtos em tempo real nas lives.

  • Kwai: cresce entre públicos de classe C e D, com alto engajamento e potencial de tráfego massivo.

  • BeReal e Lemon8: surgem com foco em autenticidade — onde marcas podem explorar micro-influencers e experiências de bastidor.

Esses canais oferecem alcance orgânico altíssimo porque ainda têm baixa saturação comercial.



Como preparar sua marca para o novo social commerce

1. Foque em experiência, não apenas conversão

O consumidor quer ser ouvido. Monte estratégias centradas em interação e valor percebido: vídeos reais, bastidores, chat humanizado, cupons personalizados.


2. Automatize com IA e WhatsApp API

  • Use IA para recomendar produtos automaticamente com base em preferências.

  • Configure mensagens pós-compra automáticas (“Como foi sua experiência?”, “Quer ver produtos parecidos?”).

  • Integre ferramentas como n8n ou Zapier para sincronizar estoque, CRM e campanhas.


3. Trabalhe com criadores de comunidade

Influenciadores ainda funcionam, mas a tendência é o Creator Partner: criador que cuida de uma vertical da marca (ex: moda, fitness, tech). Eles ajudam a transformar audiência em comunidade — e comunidade em vendas.


4. Crie conteúdo interativo

  • Polls (enquetes) com botão de compra.

  • Reels com perguntas + links.

  • Vídeos de storytelling com CTA discreto.

  • Lives com “gamefication” (ex: brindes para quem comenta).


5. Aposte em social proof automatizado

Insira avaliações e depoimentos de clientes em tempo real. Ferramentas de integração exibem notificações como:

“Maria acabou de comprar esse produto em São Paulo.” Essas provas sociais aumentam o senso de confiança e urgência.



Tendências de social commerce para 2026 e além

  • IA conversacional integrada: assistentes de voz recomendando produtos em tempo real.

  • Pagamentos instantâneos por comando de voz (Pix 3.0).

  • Lojas híbridas com IA + influenciador digital (avatar).

  • Algoritmos de descoberta personalizados baseados em micro-comportamentos.

  • Realidade aumentada no social commerce: experimentar o produto antes de comprar.

Essas tendências mostram que a jornada de compra será cada vez mais fluida e integrada à vida cotidiana.



Conclusão

O social commerce de 2026 vai muito além de Instagram e TikTok. A nova geração de plataformas combina voz, vídeo, conversa e comunidade — criando um ambiente em que o usuário compra sem perceber que está comprando.


As marcas que entenderem isso primeiro vão dominar o mercado digital. Não se trata mais de vender. Trata-se de conversar, engajar e participar do cotidiano do consumidor.


 
 
 

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


bottom of page